Acabei de ler mais uma vez O Caso Exploradores da Cavernas. Para quem não leu, um resuminho: os homens tiram no dado quem vai morrer para alimentar os companheiros. Bom, canibalismo à parte, fiquei imaginando, após a reunião de condomínio em que sugeriu-se tirar o síndico no papelzinho, se não era o mesmo caso. Ninguém queria morrer síndico esse ano. A reunião foi adiada. Pena... não tem ninguém que eu antipatize, senão votava para síndico. Bom, aí seria pior ainda. É o chamado tiro no pé.
Mas não era esse o assunto. O que eu estava pensando mesmo era o que aconteceria no caso de um cataclisma descomunal na cidade, de modo a ficarmos todos presos dentro do prédio. Sem comunicação, tevê, Internet, sem nada. Passa mês, passa, passa mais, acaba até a água, como ocorreu com os exploradores de caverna. A galera mais magra que modelo da Givenchy.
Ocorre o mesmo caso dos exploradores. A única forma de sobreviver: canibalismo. Claro que os desencachorrados , já de olho há tempo nos animais do prédio, argumentaram:
- Primeiro os cachorros. Imagine matar gente quando tem mais de um cachorro por andar.
Aí a Ju e eu conseguimos nossa primeira inimiga:
- Primeiro o gato. Só tem um gato. – ela lembrou.
E eu:
- Todo mundo faz churrasco de gato na rua e fica muito bom. Lembra do cheirinho, gente.
A injustiçada dona do gato foi a primeira vítima. Um gato magrinho que só vendo. Comemos o gatinho com todo respeito que a fome permitia.
Antes que fosse discutir a matança dos cachorros, fomos soltos.
Só de culpa, eu e a Ju aceitamos ser síndicas. Toda manhã encontramos riscos novos no carro. Nem reclamamos. Nem que fosse verdade.
Acho melhor ficar longe do Panazzalo por uns tempos. Sabe-se lá. Tem amiga que adorava cachorro. De repente, virou adoradora de gato. Nada contra, mas vai saber!
Mas não era esse o assunto. O que eu estava pensando mesmo era o que aconteceria no caso de um cataclisma descomunal na cidade, de modo a ficarmos todos presos dentro do prédio. Sem comunicação, tevê, Internet, sem nada. Passa mês, passa, passa mais, acaba até a água, como ocorreu com os exploradores de caverna. A galera mais magra que modelo da Givenchy.
Ocorre o mesmo caso dos exploradores. A única forma de sobreviver: canibalismo. Claro que os desencachorrados , já de olho há tempo nos animais do prédio, argumentaram:
- Primeiro os cachorros. Imagine matar gente quando tem mais de um cachorro por andar.
Aí a Ju e eu conseguimos nossa primeira inimiga:
- Primeiro o gato. Só tem um gato. – ela lembrou.
E eu:
- Todo mundo faz churrasco de gato na rua e fica muito bom. Lembra do cheirinho, gente.
A injustiçada dona do gato foi a primeira vítima. Um gato magrinho que só vendo. Comemos o gatinho com todo respeito que a fome permitia.
Antes que fosse discutir a matança dos cachorros, fomos soltos.
Só de culpa, eu e a Ju aceitamos ser síndicas. Toda manhã encontramos riscos novos no carro. Nem reclamamos. Nem que fosse verdade.
Acho melhor ficar longe do Panazzalo por uns tempos. Sabe-se lá. Tem amiga que adorava cachorro. De repente, virou adoradora de gato. Nada contra, mas vai saber!