Quando clico na caixa de minha memória, os arquivos de viagens baixam, e eu volto no tempo. Fiz um passeio de helicóptero, sobrevoando um imenso e íngreme desfiladeiro de rochas multicoloridas. Elas foram desgastadas pelo Rio Colorado, há milhões de anos. Este é um lugar que me deixou surpresa e maravilhada. Surpresa pelo tamanho imenso da erosão que o rio provocou e maravilhada pela paisagem que resultou de tal erosão: o <"i">Grand Canyon. Diante dele, me senti reduzida ao tamanho do grão de arroz. Do diminuto grão de arroz, passei ao tamanho do King Kong. Isso porque já me transferi para o topo do majestoso Empire State, de onde tenho a capital do mundo a meus pés. Os arranha-céus tomam conta das alturas. A vista do por do sol, do acender das luzes é inesquecível. Cidade palco dos mega show internacionais, das grifes, cenário de filmes. Cidade cosmopolita. Nova Iorque é tudo de bom. De uma altura a outra, vou para a Torre Eiffel. Emoção extenuante! Contemplar, de cima, o esplendor da arquitetura de Paris é presente dos deuses. Palavras? Desnecessárias. Por mais que tente, seriam insuficientes para expressar toda a emoção sentida diante de tal beleza singular. Fui contemplada, novamente, com a beleza do por do sol e acender das luzes. Paris dos artistas, dos pintores, dos poetas, dos escritores, é a capital da cultura. Paris é Cidade Luz. Estou com o som ligado. A música: Que c´est Triste Venise. Parece o suspiro de alguém que perdeu seu grande amor. Ah! Veneza, cidade flutuante, cercada pelo mar Adriático. É puro charme. Romântica. Cenários dos grandes amores. Transpira emoções. Seus canais e pontes, os cristais de murano são suas características marcantes. Na Piazza San Marco, quando cheguei de manhã, ouvi O Anônimo Veneziano, do filme que leva o mesmo nome e se passou na própria cidade. Senti emoção só com a música. Não imaginava as surpresas que me aguardavam. Nessa praça, com a Catedral, o campanário, as pomba restaurantes com música ao vivo, a parada é obrigatória. O passeio de vaporeto pelos canais e pontes me deu visão ampla da cidade. Pude, então, admirar sua beleza ímpar com maior deleite. O outro passeio que fiz foi uma aventura a pé. Andei e andei sem rumo pelas ruelas pitorescas, por entre os casarios medievais, que fazem respirar sua própria história. Caminhei tanto, que acabei me perdendo. E aí? Utilizei-me do meu mísero dialeto e solicitei informações. Não é que me entenderam? Que prazer, perdida em outro país, falar outro idioma e ser compreendida. E o passeio de gôndola à noite? No céu, as estrelas que brilhavam e uma enorme Lua Cheia que iluminava o cenário... Propício para l’ amore. Outra gôndola nos acompanhava e, com ela, o cantor que nos presenteou com a canção O Sole Mio. Nesse momento, estávamos passando pela Ponte dos Suspiros. O coração queria saltar do peito, tamanha a emoção. Minha memória gravou essa passagem por Veneza, armazenou e não deletou mais. Quando me perguntam qual a melhor lembrança de viagem, sempre respondo que são muitas. No entanto, meu pensamento vai direto para esse passeio noturno de gôndola em Veneza com a Lua Cheia. Será que meu sangue latino pensa mais alto também?
Foi em um desses coquetéis. Aliás, uma senhora semana de coquetéis. A Helena e eu olhamos para a autora. Bom ter ido. Ela autografava feliz, plena. À minha frente, também Helena estava alegre. Novos planos. Lanos. Lena. Percebemos naquela noite. Todas nós temos ”L” no nome: a HeLena, a Maria HeLena, a Leonor, a Liane, a MaríLia, a ÂngeLa. Cabia um BLog: para pubLicar o vem da Oficina e mais. Hora de faLar tudo, sem censor, sem juízo. Aqui vaLe a Literatura e o respeito ao Leitor.
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