Pouca gente aqui em Caxias conhece,
como o
caracteriza Assis Brasil, “o intelectual completo”, que é Franklin Cunha.
Foi um grande médico ginecologista e obstetra para seus pacientes e colegas.
Mantém o mesmo brilhantismo como cronista e escritor. Lançou três livros: 1º Deusas,
Bruxas e Parteiras, 2º A Lei Primordial e outros ensaios, 3º A raiz da Esperança
- Ensaios, Crônicas, Histórias. Como sei que são apenas três, tento me conter para
fazer o prazer durar, mas sou gulosa. é quase impossível .
Imperativo concordar com Luis
Fernando Veríssimo na contracapa de A Lei
Primordial: “os ensaios de Franklin Cunha dão idéia de alguém interessado
em tudo que solta sua mente inquisidora em qualquer assunto para descobrir o
que pensa dele. E ao mesmo tempo seu texto nos revela uma visão pronta, uma
curiosidade intelectual sem preconceitos, mas que não se deixa seduzir pela
tirada fácil ou o significado falso. Um ótimo ensaísta.”
Na apresentação de obra, ninguém
menos que Donaldo Schüler: “A leitura destes ensaios nos leva a gratas
experiências científicas e literárias”.
Com sinceridade, só perdôo a mim
por escrever um texto chato e culpo, não só meu julgamento errôneo, como a
escolha mal feita de meus primeiros leitores, com a obra ainda inédita, que
leram e nada disseram antes da publicasse. Fomos todos maus, maus, maus. Porque
eu tento trabalhar duro, poxa!
Agora, quando começo a ler um
ensaio chato, excusez-moi, fico muito mais irritada com o
mau ensaísta do que com o mau cronista. Do ensaísta, exijo conhecimento maior
que o do cronista. Deste, peço que, se nada me acrescente, ao menos que me
divirta. Opinião pessoal, tenho direito a ela. E o que faz Franklin Cunha? Suas
crônicas além de divertirem, me presenteiam com conhecimentos múltiplos. E os
ensaios? São deliciosos de ler como uma crônica, além de conter todo o
conhecimento que estou esperando.
Atrevo-me a dizer: não existem dois Franklin Cunha. Ele é o Heminguay do ensaio. Não se pode imitá-lo. Mas há que conhecê-lo. A erudição e a mágica de saber como usá-la de um modo simples não se faz de um dia para o outro. O gostoso é saber que um ensaísta não precisa ser chato, que pode ser delicioso ler um ensaio se este souber em verdade do que está falando. Isso é uma forma de respeitar o leitor. Além disso, um cronista pode mostrar conhecimento ao mundo sem perder seu próprio estilo. Mais, só perguntando ao Franklin.
Atrevo-me a dizer: não existem dois Franklin Cunha. Ele é o Heminguay do ensaio. Não se pode imitá-lo. Mas há que conhecê-lo. A erudição e a mágica de saber como usá-la de um modo simples não se faz de um dia para o outro. O gostoso é saber que um ensaísta não precisa ser chato, que pode ser delicioso ler um ensaio se este souber em verdade do que está falando. Isso é uma forma de respeitar o leitor. Além disso, um cronista pode mostrar conhecimento ao mundo sem perder seu próprio estilo. Mais, só perguntando ao Franklin.
Gosto de rabiscar crônicas, mas meu
sonho mais querido é aprender a gestar um bom romance, seguir o caminho de José
Clemente Pozenato, que tomo por exemplo, no estilo, não no gênero. Chegar à
simplicidade total sem ser simplório. Eis a beleza. Senão, quisesse eu jogar-me
aos pés do ensaio, estaria de cabelos em pé, estudando o mundo de Franklin, obcecada
para entender como ele faz o que faz. E pensando se não seria o caso de renascer.
Cada um apaixona-se por um planeta, o que lhe é mais querido e joga-se de
cabeça.
Quando à leitura, ah! Amo ler de
tudo. Se for bom. Por hora, ainda resta um pouquinho de Franklin para ler, como
aquela guloseima que a gente vai guardando para degustar aos poucos, uma sobremesa
rara, elegante e fina... Depois, é ficar torcendo para o chef ficar de bom humor e fazer mais um pouquinho dia desses.
Importante deixar claro: não
fazemos propaganda aqui nas seiscontamtudo.
Falamos de boa literatura. Tem muita gente escrevendo superbem aqui em Caxias
mesmo. Nós produzimos o que podemos. O que eu queria contar hoje está dito. É
que poucos caxienses conhecem o cronista
e ensaísta Franklin Cunha e ele é muito conhecido pelos intelectuais de Porto
Alegre (faz parte da turma do Assis, do Luis Fernando Veríssimo, dessa turminha
aí do barulho), por isso aí vai a dica: a Editora é AGE.
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