quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

MARIA, por Helena Dossin


Se não me quiseres
Pelo meu nome
Queira-me por Maria
Não importa
Maria das Marias
Dos prazeres
E das dores
Finjo-me virgem
Finjo-me orgasmo
Te enlaço na teia
Te faço meu escravo
Se te imobilizo no meu olho
Se te perdes no labirinto
Te transformo no mito
Não importa
Não resolvas
É uma charada
Procura
Daqui vejo
O quanto te perdes
Na fraqueza
Arremedo de homem
Te levanta
Grita o teu nome
Alto
Não importa
Não é o que parece
Mais alto
Agora sussurra
Me chama de Maria
Não é o que parece
Não importa
Se parece que finjo
Maria das Marias
Das dores
E dos prazeres
Não resisto
Me entrego
A ti
A quem
Me chama de
Maria


2011

2 comentários:

  1. Helena
    Que beleza de poesia!
    Eu colocaria aquela pintura do lavabo!
    Aquela que vc deixou para mim no testamento, lembra? hehehehehe
    Bjuuuussssssss
    Ângela

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