Muito Legal! Agora a AGES atualizou o blog. Lá está meu nome na área de sócios. Na primeira página, a caxiense Helô Bacichette na diretoria. Como ela, tem gente que faz. Faz e acontece. A Helô ( hein?) e uma presidência que promete.
Aqui a presidente Marilene e a Alice na Academia Caxiense de Letras, que completa meio século de vida. Os fortes.
É muito bom participar do mundo com pessoas que gostam de áreas afins. Impossível citar a todos.
Sem citar o nome, vai.
- Tem uma dessas pessoas que soube fazer da poesia algo importante aqui em Caxias. Não é assim em outras cidades. Isso é grande!
- Outro criou um prêmio que antes não existia.
- E a moça que fez uma exposição de obras de arte - inclusive o coquetel - com vários pintores importantes, absolutamente sozinha, sem ganhar nada com isso?
- E alguns... ah!... alguns escrevem tão bem que me deixam feliz! Como gosto de saber e sentir e ler quem escreve delícias e que é daqui e pertence mais ou menos à minha geração ou a gerações anteriores ou posteriores? Isso é motivação. Pessoas que estão vivas enquanto eu vivo. No filme Meia Noite em Paris, Woody Allen coloca Hemminguay dizendo que o escritor é invejoso. Também já li que os escritores portugueses são invejosos... Não acredito nisso. Talvez quisesse se referir aos escritores que não quissessem mostrar ou falar de sua obra antes de pronta. Senão as idéias fogem. Também já me falaram que os pintores são invejosos, assim como os músicos... Como teria surgido a bossa nova se os músicos fossem invejosos? E os movimentos artísticos? Não creio que o artísta seja invejoso. Talvez o talento de alguns provoque inveja, mas isso ocorre em todas as áreas. Bons cirurgiões são muito invejados. Grandes arquitetos, os melhores esportistas, modelos de passarela são tão invejadas que devem cuidar de sua integridade física. Creio que a inveja não está em uma só área mas em todas elas. Talvez na arte exista mais admiração que inveja. O que é muito diferente. Na admiração, você quer aprender com os bons os melhores e os grandes de sua área sabem ter a generosidade de escolher a quem ensinar. É a lei da vida. O talento merece ser estimulado, senão você não serviu para nada.
Esses dias o mestre olhou olhos pequenos e me disse baixinho: o bom mesmo é escrever, não é? O resto... Nem continuou...
Creio ser dessa turma. O bom mesmo é quando consigo escrever uma frase que sei está boa... o resto é confete, é beijo de uma noite só, é paixão que acaba, amor de verdade é aquela frasesinha que vem de dentro e você sabe... veio diferente, veio assim com arte, a sua arte, mesmo que sejam poucas... mesmo que sejam loucas... você percebe... está boa demais. E é só sua. E pode agitar de leve uma alma madura, não importa a idade. Mas mexe na atenção do leitor como aroma de hortelã, sacode a atenção distraída entre o livro, a Internet, a televisão... e por um tempinho ganha o livro. Ele entra sem bater na porta. É um murro. Você sabia disso quando aquele frase apareceu e seus lábios sorriram quase sem querem.
Isso que quer dizer: O bom mesmo é escrever... É o buscar o nocaute naquele frasezinha louca de boa... O resto... Não precisa falar. Corta. Corta tudo que for resto.
Foi em um desses coquetéis. Aliás, uma senhora semana de coquetéis. A Helena e eu olhamos para a autora. Bom ter ido. Ela autografava feliz, plena. À minha frente, também Helena estava alegre. Novos planos. Lanos. Lena. Percebemos naquela noite. Todas nós temos ”L” no nome: a HeLena, a Maria HeLena, a Leonor, a Liane, a MaríLia, a ÂngeLa. Cabia um BLog: para pubLicar o vem da Oficina e mais. Hora de faLar tudo, sem censor, sem juízo. Aqui vaLe a Literatura e o respeito ao Leitor.
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